quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Lágrima não tem cor


Os meus olhos fatigados da vida,
choram lágrimas sem cor
algo envelhece nos caminhos sem regresso
nos litorais saturados de esperas,
nas ruas onde adormecem os sonhos
à noite, quando sinto as ausências,
lágrimas sem cor deslizam pela vidraça.
Chovem lá fora chuvas sem nome
tão frágeis que se partem na memória
de pássaros em voos rasantes
levando para longe as cores
de lágrimas que meus olhos secaram.


Ana Bela