Li esta frase e de pronto me lembrei de uma amiga que todos os dias me visita na cozinha e se me encontra em dias de não sorriso, só sai dali quando me faz rir. Olha Filomena, tens transformado muito dos meus dias em gargalhadas, obrigada.


"A felicidade é contagiosa:
rodeie-se de rostos felizes."



Ana Bela

I o Insólito continua a acontecer no Café Grilo.
Alguém agarrou no poema que estava no balcão esta semana e escreveu por baixo o seu próprio poema e entregou-nos.

Ana Bela

Hoje logo por a manhã, bem cedinho, quando o sono ainda me acompanhava e eram 8h e eu e o Pedro já tinhamos tentado abrir os olhos desde as 6h, que passadas duas ainda teimavam em manter aquele peso do sono, uma senhora resolve dizer-me : "o seu Pedro é assim tão grande, para caber o coração" Juro, de imediato me passou o sono.
Eu já sabia que o meu filho tem um grande coração, só não sabia é que por esse motivo, ele é assim grandito.




Ana Bela

Negação... ou não

Parada, esquecida, adormecida...
esta imagem sem contornos
que teima em fugir
esta saudade que não entendo
este silêncio...
parado
esquecido
adormecido.

Ana Duarte-2011

Quando chove, custa -me muito arrastar o dia. Sou como o caracol, arrasta a casa no lento passar do dia. só me fica a curiosidade de saber se é mais feliz molhado, ou seco, coladinho a uma folha do jardim.

Ana Bela

Momentos hilariantes

Uma senhora estava a dar volta à torneira da casa de banho, sem saber como poderia obter água já que é de pedal. Quando me apercebi disse-lhe como era. Então a senhora foi carregar com a mão no pedal que se encontra no chão claro, e tentava a todo o custo apanhar a água que entretanto saía da torneira. Com uma mão no pedal e a outra para lavar era de todo difícil.
Claro que me ri. Ela também.



Ana Bela

Só me deu para rir, a minha irmã Júlia, mãe do Bernardo, tem vindo cá a casa pedir-me pequenas coisas para um teatro que vão fazer na Escola.
Toda a vida me chamou "tralheira" e hoje depois de tentar encontrar o que ela precisava, acabei por lhe dizer: não entendo, tu dizes que sou tralheira, mas vens cá buscar o que te faz falta..
A resposta foi pronta: por saber isso é que cá venho.
A minha avó já dizia: " quem guarda encontra"



Ana Bela

E dizem elas... (as crianças)

Papéis trocados

Estava a dizer adeus ao meu filho de 9 anos, chorosa, já que ele ia para um colégio interno pela primeira vez, imaginando todas as coisas pavorosasa que podiam acontecer-lhe.
- Não se preocupe mãe - disse ele - Se tiver algum problema ou precisar de ajuda, pode sempre telefonar-me.


Ana Bela

Recebi agora mesmo um mail com as profissões muito antigas. Esta eu resolvi mostrar, porque me levou direitinha ao Jardim da Estrela, sítio que se me prende na memória porque nasci em Campo de Ourique e lá me levavam todos os dias. Garanto que no meu album de recordações existem fotos À-LÁ-Minute. Estou mesmo na terceira idade...



Ana Bela

E demos início, foi divertido e eu ainda tive um presente.

Tertúlia

Perder estes instantes de euforia
Onde se funde a musa co' a amizade,
Poderia gerar amarga saudade
P'ra nos entristecer por todo o dia.

Somos poucos, mas aqui há poesia,
Há risos, há calor, fraternidade,
Há troca de projectos à vontade,
No prazer duns momentos de alegria.

Se é na força que se traduz a união,
Todos nós, juntos, nesta ocasião,
Disso somos um verdadeiro exemplo.

Fecha-se uma porta, abre-se a janela,
Assim, todo o nosso obrigado à Bela
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

T. B.



Ana Bela

Lembram-se dos livrinhos e revistas muito antigos que comprei naquela feira do livro, no Mercado da Ribeira? pois num deles li isto, escrito em Novembro de 1962.

"A causa do preconceito generalizado contra a matemática reside no carácter pouco ou nada pedagógico com que se ministra o ensino desta disciplina sobretudo no princípio."

Espantei-me, 1962 - 2011 e continua uma realidade...

Este laçinho lembra aqueles que padecem da doença que veio e teimou em ficar, que hoje está adormecida em nós e amanhã poderá acordar.

Ao amigo que mo enviou, obrigada, às vezes é necessário fazer lembrar os amigos também de coisas tristes.

"Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim"

Mahatma Gandhi

Ana Bela

Eu já andava toda satisfeita. Mas rápidamente fiquei sem a minha côr alaranjada e voltei à côr de ervilha seca. Antigamente, nem as estações do ano nos enganavam e quando vinha o Sol ficava por cá muito tempo. Sei que nós demos cabo do pobre Planeta. Fico triste porque um dia enganam-nos uns e no outro engana-nos o tempo. Ora bem eu não vou mais buscar o chapéu de chuva, prefiro virar pinto.
Porque será que se faz a comparação entre um pinto e a chuva que nos molha? Acho que ainda tenho muitas coisas para aprender...



Ana Bela

É só números...

O cérebro humano consome 25% do oxigénio que o seu "portador" inala.




Ana Bela

Que me desculpem, mas este post é dirigido aos sobrinhos que tenho na Venezuela por quem fomos contactados recentemente através do Faceboock do Grilo. Como o Mundo é pequeno e o "FACEBOOCK" grande...
Não mataremos nunca as saudades que dividem as famílias, mas neste blog, se tiverem a paciência de o percorrer desde o início, haverá certamente momentos em que se identificarão connosco. Beijos




Ana Bela

Há um senhor no Grilo que gosta de presentear o Pedro com jogos tão antigos, que nos levam de volta ao passado. Hoje não resisti a mostrar-vos estas cartas de jogar que até cheiram às recordações asépia do sotão da avó. Lindas.

Ana Bela

Sem poesia não respiro ela é a brisa que me embala.
Dia 20 deste mês os resistentes das conversasdocafegrilo, vamos iniciar os nossos serões por ai ou por aqui seremos poetas errantes... mas poetas.

Asas

Eu não sou a que aparece
Eu sou a que me inventei

Sou sem ninguém
Ébria de escrita
Vou renascer do meu fim

Inclina-te a mim:
Tenho asas!


Ana Hatherly

Ana Bela

Este é o primeiro volume "resumido" para entender as mulheres.
Nós, nunca vamos ser demasiado evidentes para nos deixarmos entender, mas que os homens gostariam, gostariam. Só assim se compreende a gracinha deste "MANUAL"

Meus senhores o trabalho que vos damos e a curiosidade que vos despertamos...

Ana Bela

Fiz a vontade à amiga e ontem sai de casa, fomos ao cinema, soube bem apanhar ar, o pior foi mesmo não termos visto o filme que queriamos por avaria na sala ou não percebi muito bem, onde era a avaria. Aceitámos a opinião da menina das pipocas vestida de Zon e aterrámos numa sala vazia, onde vimos um filmito.


O facto de me terem arrancado de casa só por si valia muito mais. " Água para elefantes".











Ana Bela

Tenho uma amiga que entendeu que eu preciso de sair de casa, passear... tenho outra amiga que entendeu que sempre que vai espreitar à cozinha eu tenho que estar a rir, e tenho felizmente muitos amigos que diáriamente me ajudam a conviver com os tachos.
Hoje por exemplo um amigo, nem digo de palmo e meio, pois só terá um palmo, entrou no Grilo a gritar qualquer coisa que eu não percebi, sómente ouvia, vou dizer à Bela, vou dizer à Bela. Abriu a porta e todo sorridente disse-me : "Já não tenho fralda".
Mas é tão bom ter amigos...



Ana Bela

E dizem elas... (as crianças)

Ser grande...

... é aprender a conhecer os outros e conhecer-se a si próprio. É saber pensar com a cabeça, saber falar e saber sobretudo escutar...Ser grande é calçar um número grande de sapato. É saber fazer o nó da gravata. É usar barba ou bigode ou rapar os dois quando se fica feio...
Tudo isto e muito mais ouviu em silêncio e com atenção o Filipe de 3 anos apenas. E quando o pai lhe perguntou o que queria ser quando fosse grande, laconicamente respondeu:
_ PEQUENO!




Ana Bela

Esta é cá da casa

Tinha o Pedro 2 anos, foi com a avó ao mercado no tempo em que se compravam os patos e as galinhas vivos, cresciam em casa. Este de que falo, foi meramente uma birra do netinho e lá me apareceram em casa com o patinho. O pobre andava sempre ao colo, um dia foi apertado demais e ficou todo torcido mas não morto, foi andando por lá até à idade adulta sempre coxeando.

Hoje, brincamos com o Pedro , dizendo que ele provocou um AVC ao pobre animal.

Foi por amor, nunca um patito foi tão amassado de mimos.

Ana Bela

Continuamos a pensar nas nossas sessões de poesia e os que em ano e meio estiveram sempre presentes ao meu lado e me deram todo o apoio, vamos iniciar os nossos encontros, mas vamos ser poetas errantes, um mês aqui outro ali. Mas vamos arrancar dia 20 deste mês. Quando gostamos do que fazemos damos sempre a volta.
Para lembrar que há poetas...

Respiro o teu corpo

Respiro o teu corpo:
sabe a lua de água
ao amanhecer
sabe a cal molhada,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade



Ana Bela

Momentos hilariantes... (continuação)

A senhora do jornal, hoje entrou quem nem meteóro e agarrou rapidamente o jornal. Quando achámos que estava acomodada, fomos perguntar o que desejava e a resposta foi pronta e com côr de ervilha seca: Nada, só quero ler o jornal...



Ana Bela

Momentos hilariantes

Uma senhora que estava na esplanada, entra muito zangada no café e diz ao Pedro que está ali há muito tempo e ainda não tinha lido nem uma letra dos jornais. Foi-lhe dito que estavam pessoas a ler. Muito irritada foi dizendo que o nosso sistema estava incorreto e que o melhor que tinhamos a fazer era comprar uma coisa daquelas encarnadas com senhas e virou as costas ofendidíssima.
Podem rir, eu também ri.



Ana Bela

O livro deste mês, é da autoria de Ilse Losa. Judia alemâ, nascida em 1913 na Alemanha, refugiou-se em Portugal, onde adquiriu a nacionalidade portuguesa. Por cá viveu e morreu em 2006. Da sua obra vale a pena ler "O mundo em que vivi" e claro, muitos outras obras.

Se algum dia depararem com os seus livros, força, eu gostei.

Ana Bela

Adoro cavalos, mas como estamos em tempo de crise, fico-me por o burrinho que ainda por cima está em vias de extinção.

Hoje, estou com aquela côr de ervilha seca, isso quer dizer que nem o sol nem o calor me inspiram.

Ana Bela

Também já sabem, das muitas coisas que sabem de mim, que não gosto de computadores.
Hoje senti falta de receber uma carta, de identificar a letra, do cheiro do papel, das palavras, dos segredos contados em linhas e linhas com letras e letras a formarem o pensamento de quem escrevia. Escrevia... porque a não ser contas, bancos e publicidade, só se escreve no lindo computador e ironia das ironias, cada vez com menos letras. É no mail no messenger e até conseguem comer as letrinhas das palavras. Não é justo...

Quem me dera no tempo em que se usava papel para dizer "tenho saudades tuas".
Haverá por aí alguém que ainda seja capaz de escrever uma carta? Vá lá fico à espera.


Ana Bela

"O milagre chamado Pedro"

Um dia, foi-me diagnosticada uma alteração na hipófise possivelmente aparecida no dia das mães (da minha). Médicos dizem que o meu problema faz sempre uma mulher gordinha, portanto esqueça, nunca será modelo e filhos só um MILAGRE.
Outros, têm outra opinião em relação "aos milagres"... minha senhora os livros de medicina estão cheios deles.
Os últimos tinham razão, o impensável aconteceu o meu milagre aí está feliz e contente.
Com muita tristeza minha e muitas tentativas, só tive direito a um. Logo eu que queria ter tantos filhos como irmãos (5).



Ana Bela

Três imagens dirão... o dia da mãe merece, assim penso acerca do meu.

Primeiro, mãe é o mundo, segundo, o meu filho é o meu milagre renovado todos os dias e a ultima imagem é aquela que de trivial me pareceu ternurenta.

Eu dizia-vos um dia que sabem tudo de mim, mas nunca conhecemos tudo das pessoas, amanhã quem sabe explique o milagre de ter um Pedro.

Feliz dia para todas as mulheres que têm a felicidade única de ter filhos.

Ana Bela