sexta-feira, 8 de junho de 2012

Para matar a saudade que vou ter dos meus amigos que me acompanham nas noites de poesia, suspensas para férias.

"Quem a tem..."

Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso se não ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Troçaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.


Jorge de Sena

Ana Bela