sexta-feira, 31 de julho de 2015

Abri a gaveta

A gaveta onde guardo os poemas que a Ela (gaveta) dedico. faz-me ficar triste porque já não sinto poesia dentro de mim. Tenho às vezes dúvidas do meu estado mental quando as escrevi. Eu era uma pessoa feliz que dava gargalhadas, ria por tudo e por nada e assim o poema surgia sem dificuldade, hoje não serei uma pessoa feliz.
Como fui à gaveta...

A tua mão

Aos soluços,
vou transpondo a vida.
Deste mundo só quero
o afago da tua mão
o calor do teu sorriso.

Não me dês mais nada
não fales
deixa-me só de mão dada contigo
ouvir o sussurro da seara
onde o vento, num lamento
parece que fala comigo.
  Ana Duarte 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Raquel

Já gastámos quase todos os créditos da energia que ainda nos restava, Trabalhar sem a Raquel é complicado mas ela tem 30 dias de férias e nós 10, o que faz com que trabalhemos muitas horas seguidas. Mas, alem de ter direito ao seu descanso- merece-o sem nenhuma sombra de dúvida.
Alô pipoca. Tenho saudades das nossas brincadeiras e de ti, Beijos

terça-feira, 28 de julho de 2015

Avós


Foi dia dos avós e eu sinceramente esqueci-me. Não dos avós, mas da data. Pouco conheci os meus, mas tenho lindas recordações da minha bisavó que morreu com 100 anos. Antigamente eram os filhos que ajudavam os pais, hoje tudo saiu do seu lugar, tudo se desarrumou e baralhou. Hoje, se não fossem os avós a ajudar filhos e netos...

Que tenham tido todos um feliz dia

sábado, 25 de julho de 2015

A única coisa que tenho aprendido desde que faço parte dos sexagenários, é que nunca é tarde para arranjar novos amigos e saber conservá-los.  Talvez afinal não tenha perdido o sonho, talvez consiga sonhar mais uns anos.
Detesto a palavra sexagenário...

sexta-feira, 24 de julho de 2015

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Verão

É no Verão, a estação do ano que mais gosto, que mais sinto, que as noites são perfumadas de brisas mornas, que me apetece abraçar todo o Mundo. O céu tem mais estrelas, o mar é mais azul e os barcos navegam calmamente, embalando os sonhos. Os nossos olhos olham mornamente...

quarta-feira, 22 de julho de 2015

As diferenças

No Grilo as pessoas têm o costume de se sentar sempre na mesma mesa.
Hoje o João veio ter comigo com o café na mão e disse-me se podia sentar-se na mesa daquela senhora que se senta ali todos os dias, antes de lhe responder não pude deixar de rir e respondi que essa senhora estava de férias.
Claro que a mesa dele estava ocupada. O Pedro bem me diz quando acontecem certos episódios que eu tenho dificuldade em acreditar que aconteçam noutros cafés para não me espantar porque ao menos o nosso café é diferente,

sábado, 18 de julho de 2015

O Pedro e a Nudi

Parabéns ao meu filho que faz hoje mais um aniversário.
Parabéns à minha cadela Nudi que também festeja aniversário. Ainda bem que nasceram no mesmo dia, porque essa foi a razão de ter sido escolhida para ser a nossa amiga de verdade. Amo os dois de paixão.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Poema

Há um momento certo
para se escrever um poema.
Uma hora certa.

Há um dia certo
para se escrever um poema.

Uma vida inteira.

Álvaro Alves de Faria
    Poeta brasileiro

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Continuação (oreos)

A Magia são eles que fazem.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Magia

Hoje apareceu no Grilo uma criança mais a avó, vinha para comprar um queque de oreo.
Apercebi-me que ele me queria perguntar qualquer coisa  e lá veio ela: como é que consegues por oreos dentro do queque?
 A tua mãe também consegue, faz um bolo e mistura antes de ir ao forno, muitas bolachas partidinhas. Não acreditou em mim e disse que não era igual, ao que eu respondi, sabes é que eu tenho magia. Já na rua ouvi dizer à avó: Aquela senhora é mágica.
É por estas e outras que eu os adoro.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Tractores

Os tractores não deviam existir, são monstros que são bem piores que os antigos e pachorrentos bois que antigamente faziam parte do trabalho do tractor. Todos os dia morrem homens por causa do monstro. Sei que tudo evolui mas morrer todos os dias é coisa que não entendo. Ir buscar os pachorrentos?

sexta-feira, 10 de julho de 2015

A mania de sublinhar

Quando comecei a ler Lobo Antunes, teria 21,22 anos. Devorei a trilogia "Memoria de Elefante" "Explicação dos pássaros" e "O Cu de Judas" como se tivesse tido durante muito tempo sede daquelas palavras. Acho que poucas frases eu deixei por sublinhar sentia que estava a estragar os livros que só eu fazia aquilo mas, ao longo da vida, emprestaram-me vários livros sublinhados e eu achei uma ternura. Assim pode-se sempre comparar o que sentia e o que sinto. Ainda hoje gosto de Lobo Antunes ainda hoje me sinto aquela jovem que teima em sublinhar aquilo que me marca. Também Mia Couto é um dos meus alvos.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Vida

A vida é tão curta, tão rápida mas tão cheia. Tudo passa tão depressa mas tudo cabe nela. Amigos, sentimentos, lágrimas, saudades, risos, o nosso filme, a nossa música, os nossos livros, um abraço especial, um beijo, um bom dia e um sorriso a quem nem conhecemos, as loucuras, o Sol nascente ,o Sol poente, a satisfação de dar de ajudar de sentir e chorar.
O que fazemos com as recordações de uma vida que vai caminhando até um dia se cansar de nós?
Olhar o mar, as árvores e as estrelas. Ter a certeza que não nos arrependemos de nada mas não tivemos tempo de fazer tudo.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Sem poesia não sei sonhar

Oscilações

Não te consinto
não te sinto
mas se te sinto
foi porque vieste
e sinto-te porque quero
e consinto-te porque te sinto.
O relógio parou no momento
em que te consentia
por isso, agora as nossas palavras
são sussurros que se ouvem no dia seguinte.
Tudo se passa sem lágrimas
oscilamos assim as nossas vidas
sentidas
sem sentido
consentidas.
    Ana Bela

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Eu, o Grilo

A semana passada, uma senhora sentiu-se mal na esplanada, o Pedro, como instrutor dr mergulho, aprendeu os procedimentos a seguir, Assim deitou a senhora no chão para o lado direito, não a deixando adormecer e estando sempre a fazer-lhe perguntas, chamou de imediato uma ambulância.
Eu vim da cozinha para o balcão e quando tive um espacinho, fui lá fora, espreitei por entre as pessoas que se juntaram e ela olhou para mim e disse: Agora já me lembro onde estou, no Grilo.

Estes são acontecimentos que não têm piada mas eu achei uma certa graça quando ela se recordou onde estava porque me viu.