sábado, 31 de outubro de 2015

O meu melhor amigo

Bom fim de semana que a criança está bem guardada. Como eu adoro o CÃO.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A minha prosa

Se não já não escrevo poesia, é porque também já pouco sorrio e as minhas gargalhadas já não se ouvem. Murchou chorando a magia de que são feitos os poemas.

Escrevo ainda alguma prosa porque vou desenhando letras que me parecem sair somente da ponta da caneta. Ou não?

"Cruzei-me contigo numa esquina qualquer daquela rua deserta. Não sei como foi, nem como deixei os meus olhos presos tempo demais aos teus. Naquela atrapalhação de sensações desconhecidas, sorriste-me (saberás que tens o sorriso mais cativante do Mundo ?)
Quando ris, o som sai sincero, abraça o dia entra nas nossas almas e por lá fica fazendo eco, até que noutra esquina te volte a encontrar."

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O amor

Prova de que o amor continua mesmo quando se vive há muitas décadas juntos. Há tantas formas de amor! tanta maneiras de se ser feliz, de se dizer estou aqui...

terça-feira, 27 de outubro de 2015

" Índia "

Sei que lês o blog minha amiga "índia" (como te chamo com muita amizade), este é um dia que ninguém esquece, mas também sabemos que um dia acontece. Eu perdi o meu pai quando ele ainda não tinha feito 40 anos e lembro-me desse dia como se fosse hoje. Tinha 13 anos.
quando a dor for menos pesada, vais ver que te vais lembrar de tudo o que viveram juntos e possivelmente sorrirás.
Eu sorrio quando vejo um baloiço e me lembro da chata que fui para ele me empurrar até eu me cansar. Ele empurrava. O teu também, tenho a certeza.

sábado, 24 de outubro de 2015

Mais soninho

Vamos mudar a hora, vamos ficar no quentinho mais 60 minutos e logo depois vamos ter que ir...
trabalhar e ao fim de um tempo já nem damos pela mudança...

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cansaço

Estou verdadeiramente cansada. Por isso procurei na enciclopédia da minha cabeça de poetas e poemas, aquele que mais fielmente traduzisse o cansaço que arrasto dia após dia, que puxo com força desde as seis da manhã de todos os dias dos meus dias.
Não me posso esconder atrás de Álvaro de Campos (sendo Fernando Pessoa) sou Ana Bela não tenho heterónimos.

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço  -
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas -
Essas e o que falta nelas eternamente - ;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...
                Álvaro de Campos, in "Poemas".

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Saudade

Pode ter esta frase várias leituras. Podem acreditar que quem passa por momentos aos quais não consegue dar a volta, tal como perder alguém que foi fulcral no seu crescimento como ser humano, como adolescente,  a quem deve o facto de ser uma pessoa boa, terna e que se apaixona fácil , que dá de si o seu melhor, a saudade, essa doença doce que por vezes mata, nunca deixa de estar colada à sua pele, até porque fica mesmo essa sensação que não "levou tudo", que nunca chegámos a ter tempo de agradecer.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Continuando...

Esta árvore  é diferente das outras por isso, gosto tanto dela. Tem folhas verdes de um lado e brancas ou prateadas do outro isto no Outono, porque no Verão é toda verde.
Basta uma certa brisa na altura do calor, para que cada uma dessas folhas faça um bailado só de folhas, os troncos ficam quietos e elas bailam sem parar. No frio, parece que lhe nevou em cima porque o prateado vira completamente, parecendo neve.  A minha paixão no reino das árvores.


terça-feira, 20 de outubro de 2015

A minha árvore

Sempre fui uma pessoa de paixões, amores e amizades que duram, duram, duram. Não falo só de pessoas, mas também de coisas, animais e até de árvores. Tenho um marido há 42 anos e não penso à moda antiga que quando casa é para ficar até morrer, não, se não houvesse amor, já tinha partido.

Ando sempre com os móveis de lugar para lugar, mas nunca me desfaço deles, amei-os quando os comprei e continuo a amá-los.

Isto a propósito desta árvore. Tenho paixão por ela é tão diferente de outra qualquer que me apaixonei.

Hoje trabalhei 13 horas seguidas, estou super cansada, amanhã eu conto porque esta árvore é especial.

sábado, 17 de outubro de 2015

A relação, amizade, descanso, ternura, uma almofada quentinha. fofa, que nos oferece amizade e companhia. Todos devíamos ter um cão e seriamos mais amigos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Dia do pão

Hoje comemora-se o Dia do Pão.


Pão que eu desconhecia ter dia.
Pão que alguns procuram no lixo
Pão que é refeição de muitos
Pão só.
Pão com lágrimas, com soluços,com raiva
Pão com água com mágoa.

Talvez o pão não seja tão importante assim. Não vem no jornal nem no calendário.
Todo o dia as noticias foram as mesmas, SEM pão...


Quem tem razão são as crianças.

" E às vezes,escondido a gente chora "

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

As espertinhas crianças



Há algo que se escreva com tamanha profundidade mesmo que elas ( as crianças ) não tenham ou eu ache que não têm a verdadeira noção de amor e paixão?

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Música sem imposto...

Todos os dias, mesmo sem ter música na cozinha (ter um rádio mesmo que ínfimo, equivale a mais um imposto) tenho a cacofonia das chávenas, copos, pratos e mais o que se invente para partir. Sei que só não parte quem não mexe. Sou feliz, alem de ter pessoas que mexem (trabalham) ainda tenho música que ecoa por entre tachos, panelas, cenouras e batatas, sem pagar imposto...

terça-feira, 13 de outubro de 2015

E... sempre a poesia

Morrer de amor
ao pé da tua boca

Desfalecer
à pele
do sorriso

Sufocar
de prazer
com o teu corpo

Trocar tudo por ti
se for preciso

      Maria Teresa Horta, in Destino

sábado, 10 de outubro de 2015

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Afonso

Afonso, a minha resposta não foi inteiramente verdadeira, basta ver este blog, para perceber que não perdi de mim nem escondi as palavras. Só que aquelas com que sentia poesia, fugiram-me ou foram-se porque eu me perdi nesta tristeza de me sentir presa do tempo que não tenho e não tendo tempo, não posso prender nas mãos nem o Sol, nem o amor, tão pouco consigo ver o mar que mora aqui mesmo ao lado.
... e com todas estas coisas se faz um poema... acredita que se os teus dedos não forem o prolongamento do amor, não há poesia.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Já não escreves?

No Verão quando chegamos ao Grilo há sol e agora, é o contrário a noite tarda em ser dia, mesmo assim há amigos que vêm com o escuro, batem à porta para o primeiro café de um dia que teima em não se mostrar.
Um desses amigos disparou-me uma pergunta por volta das sete da manhã. Já não escreves Bela? ao que respondi com sono na voz : Não, perdi as palavras ou escondi-as porque já não fazem sentido ou choro se fazem. Desisti simplesmente. Deixei, sem fazer nada, sem me revoltar, sem lutar, sem tentar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ausência de palavras

Ontem o cansaço das 13 horas directas de trabalho, como é normal à terça feira, deixaram-me sem  discernimento para poder escrever, pensar, comer ou falar. Eram 21 horas estava na cama e nem me lembro de ter desligado os pensamentos.

sábado, 3 de outubro de 2015

Foi um dia bem passado. Teve certamente mais abraços e mais beijos que num dia normal.
Mas nós ainda somos do tempo em que amor se chama amor e raro é o dia em que não mandamos mensagem um ao outro, simplesmente com a palavra amo-te.´E um pouco difícil programar um dia diferente, mas este foi-o porque o Pedro ao meio dia foi trabalhar no meu lugar e assim estivemos juntos.
Amanhã estamos prontos para iniciar os 43.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Quarenta e dois anos

Daqui a algumas horas já dia 3 de Outubro, faço 42 anos de casada. Alguns dirão que horror...
mas para mim não tem sido. Talvez para o Duarte, pois ele é a face calma, tranquila, animadora, bem disposta (sempre) e eu a outra face que tem completado o conjunto, sou mimada, apressada, refilona, mal humorada (às vezes) , penso a mil, ando a cem, as minhas vontades nem que seja para se pregar um prego, ou mudar uma lâmpada, a dois mil, Sou um turbilhão de ideias. O Duarte um mar calmo e sereno.
Tem sido muito bom estar casada há tantos anos.

Os últimos 24 anos, o Grilo dorme na nossa cama e o amor é aos pedaços. Mas com boa vontade colamos os pedaços com esse mesmo amor e lá vamos nós calendário após calendário.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Os amigos ou o meu egoismo...

É possível ter um amigo daqueles que cabem nos dez dedos das nossas mãos, um daqueles verdadeiros e mesmo assim querermos que ele seja ainda mais amigo mais atento mais presente?
O mal é querer que um amigo não tenha outros amigos que seja só meu, que partilhe só comigo.
Assumo que é egoísmo, assumo que são senilidades de 63 anos.

EU cheguei ao Grilo com 39 anos quem diria que por mais que queira apanhar o tempo e os amigos
me ajudem a correr atrás dele, o safadinho não corre, voa.