sábado, 28 de novembro de 2015

Os amigos

Ontem aconteceu mais um dos tais imprevistos que me impedem de escrever. Há muito tempo que não tinha o prazer de juntar alguns amigos em minha casa para jantar, conversar, rir e recordar.
Não sei o que me deu, pois o cansaço é muito mas desafiada disse sim. Troquei é verdade o blog, mas garanto que foi uma noite bem passada.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A batedeira

Tento alimentar este blog todos os dias, por vezes, acontecem pequenas acidentes que me impedem de o fazer, meti a mão dentro da batedeira dos queques com ela em movimento. claro que entalei a mão. Qualquer movimento era doloroso. Mas cheguei hoje um pouco atrasada, bastante negra, mas já com mais facilidade de movimentos.

sábado, 21 de novembro de 2015

Mário Quintana

De metáforas está o dia a dia cheio, mas eu acho esta o máximo. Talvez por me ter lembrado (e não foi essa a ideia de Mário Quintana ) da delicadeza que as pessoas põem na degustação de uma manga, agredindo o seu sabor com faca e garfo, quando eu  (e possivelmente mais alguns ), gosto de comê-la às dentadas ficando toda lambuzada. O mesmo tenho feito com a minha vida, ataco-a, luto e guardo na gaveta a faca e o garfo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Verdades em poesia

Não me meto em política, não gosto de ver jogos de futebol e não leio os livros de Margarida Rebelo Pinto. A minha poesia é de amor e saudade, de mar e maresia de gaivotas e barcos que só eu vejo.
Mas... há poetas que embora partidos e vividos em outros séculos, intuíram estes tempos em que vivemos. José Régio como exemplo. Mas há mais, muitos mais.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!

"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude.
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".

Rui Barbosa



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Rio Doce

O rio doce que morreu
O rio doce que virou lama

Ouvi esta manhã na TSF uma crónica de Fernando Alves que me deixou com a sensação de também eu estar enlameada. Como é possível os homens acabarem com os homens, com os rios as plantas as algas os peixes a água. A loucura é que se alguém rouba, prendem-no, se alguém mata um rio doce e cheio de vida, paga uma multa.
Ou eu não sou deste planeta ou me enganam quando me dizem eu viver no Planeta TERRA.
Não vale a pena viver por aqui. tenho urgentemente de encontrar um lugar onde possa nadar em rios brancos e doces.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O cheiro

Tenho tantos cheiros na minha memória, que até consigo achar que cheiro é o que fica para sempre dentro dela.
Sinto o cheiro de arroz doce que a mãe fazia na cozinha, se fechar os olhos sei que a qualquer momento vai chegar a taça e cheirar a canela quente.
Sinto o cheiro da tua pele, mesmo que já não estejas aqui
Sinto o cheiro do sabão azul e branco com que se lavava a roupa...
Tenho tantos cheiros na minha memória arquivados, tanto cheiro a noites quentes de Verão, que posso sempre ir buscar um a um e passear com eles de mão dada embalada no cheiro a cera fresca da casa da minha mãe.


cito
 " Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó cujo cheiro ainda conservo nas mãos"

Carlos Ruiz Zafón

sábado, 14 de novembro de 2015

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Milan Kundera o meu preferido dos 20 anos

Ando com vontade de voltar a ler alguns livros de Milan Kundera. Também ando com vontade de separar estes dois Mundos onde vivo pois que o imaginário onde me deito à noite não me deixa estar bem acordada no Mundo onde me levanto e ando e trabalho e abraço os amigos e sorrio (talvez por vezes).

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O Grilo que canta

O Grilo continua a cantar... Quando escrevo sobre os empréstimos que quase todos os dias nos pedem, nunca é em ar de aborrecimento. Primeiro porque gostamos de saber que podem contar connosco, depois porque todos nos entregam o que pediram.
Mas há muitos anos que eu venho dizendo que faz falta por ali uma loja de conveniência, no entanto nestes anos todos, já houve algumas mercearias e fecharam,

_O rol de hoje.

 Salsa
 Dois pacotes de leite
 Um quilo de açúcar
 Dois ovos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Grilo Mágico

Primeiro passo
Hoje, alguém nos pediu 3 cenouras para fazer um bolo.

Segundo passo
Aparecem as meninas que  ajudavam na confeção, pedindo uma balança pequenina.

Terceiro passo
Só temos uma balança industrial que é muito pesada. As meninas resolvem o Quarto passo.
Vão embora e quando voltam trazem um pacote de açúcar e um de farinha e pedem para pesar 280 gramas de cada. o mais engraçado é que estavam trajadas a rigor até com o pormenor do chapéu de cozinheiro daqueles que parecem uma chaminé e um avental que as cobria até aos sapatos.

O Grilo é o Grilo.
Será que existe por ai perdido algum Grilo que cante tanto como o nosso?

sábado, 7 de novembro de 2015

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Todos os dias deviam ser um poema

David Mourão Ferreira
         

          Nocturno

Eram na rua, passos de mulher.
Era o meu coração que os soletrava.
Era, na jarra, além do malmequer,
espectral o espinho de uma rosa brava...

Era, no copo, além do gim, o gelo;
além do gelo , a roda de limão...
Era a mão de ninguém no meu cabelo.
Era a noite mais quente deste verão.

Era no gira-discos, o Martírio
de São Sebastião, de Debussy...
Era, na jarra, de repente, um lírio!
Era a certeza de ficar sem ti.

Era o ladrar dos cães na vizinhança.
Era, na sombra, um choro de criança...

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O imaginário

Hoje uma mãe foi até à porta da cozinha com a filhota. Pareceu-me um pouco tensa ao dizer-me que a C. tinha um amigo  e insistia que a mãe me dissesse. Ao fim de muitas palavras "enroladas" percebi que o amigo era imaginário. Quando a C. disse que eram horas de ir para a escola, disse-me : Até amanhã Bela, eu e o "João" não queremos chegar atrasados.
Não consegui ter uma conversa normal com a mãe, devido à presença da filha mas gostaria...





quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sonhos e não sonhos

Ontem, mais uma vez o cansaço me venceu, Quanto mais me custa estar tantas horas no Grilo, mais me lembro que o tempo passa muito depressa. Se pudesse voltar atrás, nunca teria tido quando pré adolescente, tanta vontade de ser adulta.
Talvez defeito de colégio interno, sonhei e fiz histórias para quando fosse crescida.
Ter um filho igual ao que escolhi, rapaz, olhos verdes, cabelos lisos. Claro que dores nas costas e artroses, nunca entraram nas minhas histórias.